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sexta-feira, 26 de junho de 2015

76/365 e um longo caminho a ser percorrido




Já são 35 dias desde a última vez em que estive aqui anunciando meu 41º dia sem usar o cartão de crédito. Isso significa que eu caí na tentação plástico-magnética do consumismo parcelado a perder de vista, certo? ERRADO! Sim, caríssimos, hoje já são 76 dias sem o vilão das minhas finanças, ele, sua excelência o senhor cartão de crédito, mas ainda há um longo caminho rumo aos 365.

Eu não deveria mas vou confessar que nesse ínterim (adoro essa palavra) utilizei o miserável por três vezes. Foi direto, sem parcelas, mas usei. Quebrei minha meta por causa disso, certo? Errado de novo! Sim, meu povo, não descumpri a meta e posso explicar. Usei uma vez para comprar um tapete, porque a maquininha da loja estava com problema e só passava no crédito (sempre tem uma desculpinha para fugir da regra, né?), mas, prontamente, ao chegar a minha casa, acessei o internet bank e transferi para a fatura do cartão de crédito (ou seja, realizei um pagamento) o valor correspondente ao do item comprado, de modo que ficou elas por elas. Estou perdoada, né? Se eu precisava do tapete? Sim, eu precisava. Tá, não era urgente, mas ficou mais confortável para minha pequerrucha brincar na sala, em vez de ficar em contato com o chão frio e pegar um resfriado.

As outras duas vezes eu usei nesta semana para comprar roupinhas para ela. Sabem como é criança, principalmente bebê: as roupas se perdem muito rápido. A última vez que fiz compras para minha filhota foi em janeiro. Uma compra grande, cuja última parcela eu paguei neste mês, no entanto, as roupas já começaram a ficar pequenas e eu não tive escolha a não ser fazer outra compra grande, à vista, claro (já estava com o dindim reservado para isso), de peças maiores, para poder ficar mais uns bons meses sem precisar gastar com isso e, desta dez, sem dívida. Aí vocês me perguntam: por que usou o crédito? Porque, como em janeiro, eu comprei em um site que sempre faz umas promoções de roupas infantis, o que compensa demais comprar lá. Só que não rola débito em conta nem boleto bancário. É cartão de crédito. Tive que usá-lo (mas não parcelei), porque saiu bem mais em conta do que se tivesse comprado nas lojas físicas daqui. Usei sim, mas o dinheiro está separado para o pagamento da fatura, o que, mais uma vez, vai ficar elas por elas e eu vou ganhar um pouquinho mais de milhas. Rá!

Nesses 35 dias, além do uso do plástico (já justifiquei e estou perdoada, né?), quero compartilhar que, dando andamento à minha meta, pude sentir no bolso a diferença. Minha fatura já reduziu bastante. Quase à metade. A próxima virá ainda mais baixa e assim sucessivamente, até eu conseguir zerá-la. Não vou mentir que quase caí em tentação sem precisão.

Como é de conhecimento de muitos, eu sou maluca pelas roupas da Farm. Em promoção então, a loucura triplica e minha fatura cresce junto. Minhas colegas de trabalho estão enlouquecidas com a promoção que vem rolando há algumas semanas e estão gastando como se não houvesse amanhã. Primeiro, uma promoção de até 70% em toda a coleção e agora todo o site pela metade do preço. Cheguei, algumas vezes, a colocar peças lindíssimas no carrinho e, antes de pegar o cartão na bolsa, desisti. O caso ficou mais sério nesta semana, quando, depois de fechar as compras da Lígia, no meio da madrugada, entrei na página da Farm, escolhi um vestido, uma saia e uma blusa e, com todos os dados do cartão digitados, na hora do "enter", olhei para meu guarda-roupa e, embora tenha doado mais da metade das minhas roupas, ainda tenho muitas e posso perfeitamente ficar um bom tempo sem comprar nada. Até posso comprar, mas sem crédito, sem parcelas, tudo à vista, desde que tenha dinheiro sobrando, o que não será o caso por enquanto, já que as coisas estão pela hora da morte (supermercado e conta de luz principalmente). Foi nesse momento que a razão falou mais alto e, bravamente, resisti e desisti da compra.

Ufa! Como foi boa a sensação de, mais uma vez, largar mão de uma das minhas maiores tentações: Farm + cartão de crédito. Tenho certeza de que, se tivesse realizado a compra, estaria me sentindo a pior das fracassadas. Sinto-me mais fortalecida com isso e confiante de que vou até o fim com o meu objetivo. Quero chegar aos 365, mas quero chegar lá mais controlada, mais consciente do valor de cada centavo que recebo no final de cada mês e que, mesmo tendo um pouquinho a mais de dinheiro na conta, conseguir não gastá-lo. Controle é a palavra de ordem.

Para o alto e avante! o/

sexta-feira, 22 de maio de 2015

41/365: Crédito ou débito, senhora?




Boa tarde pra você que está há mais de um mês sem usar o cartão de crédito e, apesar do aperto financeiro e das tentações diárias reino encantado do consumismo (ai, que vontade de comprar!), não está sofrendo crise de abstinência. Essa cara sou eu.

Contando com hoje, já são 41 dias sem usar o maior instrumento de alimentação do consumismo, para alguns terapia, para mim desespero no final do mês, sua majestade o cartão de crédito. Não está sendo fácil viver assim, como previu Kátia Cega (que espera até hoje pela morte do rei Roberto Carlos para finalmente receber as córneas do cantor em doação e poder enxergar a luz do sol - eu me lembro dele dizendo que doaria as córneas para ela, caso viesse a óbito. Confere, produção, ou eu sonhei com isso quando criança?).

Nesses mais-de-um-mês pronunciando apenas a palavra "débito" no ato de uma compra - que, aliás, te confere um certo poder e status de rica: "crédito ou débito, senhora?", pergunta a moça do caixa, e você, segura do seu saldo positivo em conta corrente, enche a boca e diz, : DÉBITO! Que delícia, viu? - eu comecei a dar mais valor ao meu suado dinheirinho. A gente passa a perceber o quão caras são as coisas, começa a comparar os preços numa loja aqui, noutra acolá, nos supermercados e até deixa de comprar certas coisas, porque se recusa a pagar tão alto por elas. Estou assim, gente! Quem me viu, quem me vê!

Ontem chegou a caixa com minha última compra na Farm e hoje eu vim trabalhar com um vestido da mesma marca que eu havia comprado e ainda não tinha usado. Agora que não há mais nada para chegar e que eu esgotei meu repertório de roupas novas, com certeza vou pensar em comprar mais, principalmente porque o site está em promoção. Só vejo as meninas aqui do trabalho comprando como se não houvesse amanhã e a minha vontade é de pegar um pouquinho da poupança e comprar uns vestidos também. Óbvio que é só vontade, coisa que dá e passa.

Nos últimos dias, estive em Salvador com minha filha e, de volta a Paulo Afonso, terminei de fazer minha mudança. Gastos, gastos e mais gastos e eu, que poderia "amenizar" momentaneamente o rombo na minha conta usando o cartão de crédito, mantive-me firme no meu propósito. Em Salvador, os gastos foram mínimos, menos do que o previsto. Para compensar, a mudança me rendeu uns bons reais batendo asas e voando da minha poupança. Eta poupança que está durando, viu? A boa notícia é que a próxima fatura virá reduzida a quase metade e em alguns meses, se Deus quiser, ficará zerada.

Vamo que vamo, que ainda tem muito chão pela frente.
Para o alto e avante! o/

terça-feira, 12 de maio de 2015

30/365: um mês






Acabei pulando de 26 para 30, porque não tinha muito o que contar. Os dias 27, 28 e 29 sem cartão de crédito foram dias comuns, em casa, no friozinho, cuidando da cria, vendo TV e comemorando meu primeiro dia das mães ao lado da minha mãe, minhas irmãs e, claro, minha pequena. Sim, dei presente à minha mãe, mas já havia sido comprado há algum tempo. Uma vitrola, como ela me pediu, que eu comprei antes de criar esse blog, no cartão de crédito, sem parcelar. O valor veio na fatura de abril, mas eu já havia separado o dinheiro referente ao valor do toca-disco e ficou tudo certo.

E por falar em disco, ontem aconteceu algo de que não me arrependo, mas que pesou e muito minha consciência: comprei uns discos de vinil a R$ 5, cada, que eu vou ter que dispor da poupança para pagar, já que minha conta está praticamente zerada. Sabe aquela sensação de que foi uma ótima oportunidade mas que eu não deveria? Não estou arrependida, mas estou chateada por não ter resistido.Um desgosto, uma descrença em mim vai tomando conta e aquele sentimento de incapacidade, de que já falei em posts anteriores, vem à tona e eu me sinto péssima.

Apesar dos pesares, hoje completo 30 dias, um mês sem usar o cartão de crédito. Motivo para comemorar. Mesmo com as compras indevidas, estou seguindo com meu objetivo maior. Fácil? Nem um pouco, mas também não está doendo. Cada dia que sigo sem o "maledito" é como uma pequena vitória. Grande, na verdade, porque é muito difícil resistir às tentações do consumo, parceladas em suaves prestações. Vitória maior ainda seria seguir sem gastar dinheiro. Infelizmente ainda falta muito para eu chegar lá.

Minha consciência tem pesado a cada real gasto, mesmo quando o gasto não é banal. Nunca fiquei tão horrorizada com o preço das coisas como tenho ficado desde que abandonei o cartão de crédito, a exemplo de uma colher de silicone que comprei para dar comida à Lígia. Por mim nem teria comprado, mas minha mãe falou tanto, que a comum machuca a boquinha dela, que acabei comprando e continuo preferindo a outra. Paguei R$26 em um kit com duas. Achei caro. Depois foi um pacote de fralda descartável: R$57, com 40 fraldas; uma pastilha para garganta mais um analgésico, R$16, e mais algumas coisas que a gente acaba tendo que comprar no dia-a-dia e fazem o dinheiro desaparecer. Pelo visto, eu estou é ficando casquinha. Melhor assim, mas ainda preciso evitar certos gastos.

De qualquer maneira, mesmo não me sentindo tão orgulhosa, hoje é um dia para ser comemorado. Que venham mais e mais meses sem que eu tire o cartão de crédito da bolsa.

Para o alto e avante! o/


sábado, 9 de maio de 2015

26/365: Alô alô marciano, a coisa tá ficando ru$$a




As principais notícias nos principais jornais são sobre a crise que vem tomando conta do país. Inflação, juros altos, alta nos preços, remédios mais caros e salários estagnados. Eu não entendo "lhufas" de ecomomia, mas entendo que o meu dinheiro (não só o meu) não está dando conta das contas como antes. É, amigos, suficiente a situação está roxa.

Gente endividada até a alma, o dinheiro que antes comprava de tudo, mais um pouco e ainda sobrava mal dá para cobrir o básico. Tá difícil viver. Tá caro. E vamos dando o nosso jeitinho para sobreviver a esse caos. O meu, é o abandono do cartão crédito, que, ontem, completou vinte e seis dias (para um mês faltam quatro). O dinheiro continua acabando antes do tempo, mas seria pior se as faturas continuassem em estado crescente.

E a gente vai levando.
Para o alto e avante! o/


quinta-feira, 7 de maio de 2015

25/365: viver custa caro



Mal cheguei a Brasília e já gastei fora do previsto. Lanchinho com as irmãs e chá de fralda do primo. Tá, também não é para deixar de viver, né? O dinheiro tá pouco, tive que apelar para a poupança, mas vamos deixar de ser casquinha. A ideia de largar mão do cartão de crédito é para, num futuro próximo, não precisar recorrer às reservas, já que não vou ter mais faturas para pagar. Paciência e calma que os ponteiros se ajustarão e o dinheiro não vai acabar, assim eu espero.

Vi no noticiário, que a crise está fazendo com que os brasileiros busquem mudar seus hábitos financeiros. Evitar as compras parceladas está no topo da mudança. Vi também que muitos estão recorrendo à caderneta de poupança, o que me consolou e aliviou um pouco o peso na consciência, pois não estou sozinha nessa luta.

Ainda assim, bate um desespero, um medo de, com todo esforço e mesmo conseguindo conter meus gastos, o dinheiro não dar. Tudo está muito caro e o sonho da casa própria e de viajar pelo mundo, que até meados do ano passado era possível, agora vem se tornando cada vez mais distante e não é só porque agora eu tenho um bebê, mas porque tudo aumentou: conta de luz, supermercado, plano de saúde, aluguel, taxas de juros, tudo, menos meu salário, que, há quase dez anos, não sabe nem o que é reposição inflacionária. E saber que há pessoas em situação pior, mas bem pior que a minha, me deixa mais descrente no país em que vivo.

Mas é vida que segue.
Para o alto e avante! o/


terça-feira, 5 de maio de 2015

24/365: Tá ficando apertado



Entrei de férias ontem e, hoje, Lígia e eu viemos passar a noite em Salvador para pegarmos o vôo amanhã para Brasília.

Viagem é sempre um gasto considerável, mesmo quando a hospedagem é na casa da mãe. Neste caso específico, na volta, faremos uma escala de fim de semama aqui em Salvador, onde, ficaremos hospedadas na casa de um casal de amigos ou na casa da minha prima, minha "mãe outra", aqui na Bahia. E toma-lhe gastos, porque, tão certo "como dois e dois são cinco", vou querer matar a saudade e dar uns bordejos pela minha capital querida com minha pequena. Talvez levá-la para molhar os pezinhos nas águas do Porto da Barra, um café na Saraiva, uma passadinha na Cultura, uma ida ao Museu de Belas Artes e por aí vai.

Eu poderia evitar o gasto, mas essa viagem está programada desde fevereiro, com passagens compradas e tudo. Se, em vez de passar o fim de senana aqui eu foase direto para Paulo Afonso, no caso, teria de ser no sábado, por conta da incompatibilidade dos horários dos vôos, perderia mais dinheiro quando fosse trocar o bilhete do vôo para PA. Então, o jeito é me jogar e matar minha saudade (da cidade e dos amigos).

Aí vem outro problema: o dindim está no finalzinho. Conta quase zerada (quem mandou gastar com sapatos, brinquedos e outras coisas sem necessidade?). Tem mais: neste sábado, em Brasília, vou me reunir com uns amigos para comemorar 10 anos de amizade. Mais dinheiro para gastar com comida, bebida e gasolina no carro da irmã. E não, eu não posso (não quero) deixar de ir, porque o encontro só vai ser no dia 9, por conta da minha estada lá.

E agora? Quem poderá me defender? O Chapolim Colorado? Não! O cartão de crédito? De jeito maneira! Nem pensar! Tá repreendido em nome de Jesus! Vou ter que apelar para o que ainda resta na poupança, lembrando que ainda tenho uma mudança para fazer e uma geladeira para comprar.

Ai, gente, o cerco está se fechando neste mês. A vontade de jogar tudo pro alto e usar o cartão de crédito é enorme, porque eu não queria mexer na poupança. Isso vai dando uma deprê, porque eu vejo que não estou sendo capaz de segurar o bolso, ou são as coisas que estão ficando muito mais caras e meu salário não está mais dando conta?

Como disse, o certo seria nem viajar,  mas desistir significaria uma perda de quase 600 reais, além do quê, neste domingo, é dia das mães e, como é de praxe, é com a minha, que mora em Brasília, que eu quero estar. Quanto ao encontro com meus amigos, são 10 anos de amizade e alguns anos que não vejo muitos deles.

Que vontade de sair correndo, de arrancar os cabelos. É um desespero que vai batendo, uma sensação de impotência, de incapacidade, mas a certeza de que, pelo bem da minha filha, preciso seguir em frente com minha meta, que logo me trará resultados e me possibilitará reabastecer a poupança.

O que preciso para estes próximos treze dias é maanter a calma e me esforçar para ser o mais econômica possível, porém sem deixar de me divertir.

Como diria Martha Suplicy, "relaxa e goza".

Para o alto e avante! o/

OBS: não levem a mal possíveis erros de digitação e concordância. Digitei esse texto com sono e do celular
Pense num polegar com cãibra?

segunda-feira, 4 de maio de 2015

23/365: Avançando mais uma casinha



Faltam sete dias para completar um mês que eu não uso o cartão de crédito. Uma semaninha! Cada dia de meta cumprida é como avançar uma casinha daqueles jogos de tabuleiro, sabe? Que você vai avançando os quadradinhos até chegar ao seu objetivo final. Falta muito ainda, mas para chegar lá é preciso de um dia depois do outro, cada um indispensável para que a grande meta seja atingida.

Os próximos treze dias em que estarei viajando com a Lígia, primeiro Brasília, onde todo ano vou passar o dia das mães com a minha e, na volta, um fim de semana em Salvador, serão dificílimos. Será que vou resistir às tentações dos shoppings e restaurantes? Talvez seja esta a minha primeira prova de fogo nessa empreitada de resistência e muita persistência.

Força na peruca e sorte para mim, que farei o impossível para não cair em tentação. Vontade de cair eu sei que não vai faltar, mas eu espero que ela seja menor que a vontade de persistir no meu grande objetivo.

Para o alto e avante! o/