.

.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

18/365: Poupar é preciso




E no décimo oitavo dia sem cartão de crédito, mais conhecido como ontem, eu sequer pequei em dinheiro. Pelo contrário, meu dia foi casa-trabalho-casa-arruma caixas para mudança. Pois é, vou me mudar do apartamento onde moro atualmente e essas coisas de mudança, além de cansativas, custam uns bons reais.

Além de o novo aluguel ser um pouquinho mais caro, tem despesas com a pintura do atual apê, antes de entregar as chaves à imobiliária, aluguel adiantado de caução, caminhão de mudança, montadores de móveis, além de sempre ter uma coisinha ou outra para comprar. Por outro lado, mudança pode significar limpeza, renovação de energia, recomeço. Tempo para se desfazer de coisas que já não têm mais utilidade, mas que podem ser úteis para outras pessoas, como roupas, sapatos, um móvel que não caiba no novo apê e, adivinhem? A geladeira! Acho que vai rolar aquela maior de que eu tanto falo aqui.

Tudo isso vai me deixar descapitalizada, mas não no vermelho. Se tivesse deixado de usar o cartão de crédito antes, ou, pelo menos, se tivesse sido mais controlada, talvez não precisasse raspar o tacho da poupança. Bom é que, pelo menos, tem um pouco para raspar, caso contrário, lá ia Amanda, outra vez, se endividar ou esperar alguns bons meses para se mudar.

Por que a mudança? Esse apartamento em que moro atualmente, é até espaçoso, mas não tem janela na sala, o que torna o imóvel escuro e sem ventilação. Além disso, as janelas dos quartos dão para uma entrada de ar, um vão, que dá para a garagem do prédio. A gente não vê a rua daqui e isso me faz sentir presa, sufocada. Antes da Lígia nem tanto porque eu não parava em casa, mas, com ela, eu fico agoniada aqui dentro e percebo que ela também. Enfim, sentir-se bem com sua casa, gostar de estar nela é muito importante e contribui para dias mais felizes e, arrisco dizer, ajuda até a melhorar o relacionamento com o parceiro. Pelo menos eu penso assim.

Se eu deveria estar tendo esse gasto extra? Se eu preciso, realmente disso? Sim, eu preciso. Pode parecer supérfluo para alguns, mas morar bem, quando se tem condição para isso, é fundamental. Graças a Deus eu tenho essa oportunidade. Quanto à poupança, que deve ficar zerada depois disso, é só juntar novamente. Sem o uso do cartão de crédito, as faturas irão se reduzindo até chegar a zero e, com um pouco de controle financeiro, recuperar esse dinheiro não será de todo difícil.

De qualquer forma, essa pequena reserva me será bastante útil. Afinal, é para isso, que considero, de certa forma, uma emergência, que servem as poupanças.

Para o alto e avente! o/

quarta-feira, 29 de abril de 2015

17/365: troféu joinha




E o troféu joinha vai para você que completou, ontem, dezessete dias sem usar o cartão de crédito e dois sem gastar com nada, a não ser com umas frutas para a sua gordinha, o que não é um gasto e sim uma despesa fixa.

Se fazer compras alivia tensões, desestressa, deixa a gente feliz e dá um "up" na autoestima, resistir a elas é muito melhor, porque, no primeiro caso, apesar das boas sensações, a consciência pesa e a gente passa dias e mais dias fazendo contas e mais contas, tentando, em vão, dar um jeito de não ficar no vermelho. Falo por mim, claro, que não tenho condições de sair fazendo comprinhas para desestressar e, mesmo assim, me acho, digo, achava no direito de me dar essa luxo. Já cheguei a atrasar algumas contas, inclusive o aluguel, por conta dos meus surtos consumistas, mas isso não me pertence mais.

Para o alto e avante! o/




terça-feira, 28 de abril de 2015

16/365: por uma vida sem consumismo




Ontem meu cartão de crédito completou dezesseis dias sem uso e a única coisa que comprei foi... nada! Não gastei um centavo sequer. Nem crédito, nem débito e a sensação de dever cumprido, mesmo que por um dia, é muito boa. Ok, eu encomendei um sabonete para Lígia,porque o dela está acabando e este é um dos que ela usa desde que nasceu. É mais caro, verdade, mas o cheirinho que deixa nela é tão delicioso, que eu não vejo por que abolir da lista de supérfluos. Assim como uma marca mais cara de hidratante ou shampoo que gosto de usar, minha bonequinha também merece esse "luxo", oras!

Ainda assim, essa sensação boa permanece, aquele sentimento não me sentir culpada a cada compra inútil, porque, mesmo as compras estando liberadas à vista, sem comprometer minhas contas fixas, bom mesmo é resistir às tentações do consumismo. É essa a educação que quero dar à minha pequena, mostrar a ela que há coisas mais importantes que o ter.

Com essas poucas palavras e a sensação de liberdade, encerro esse post.

Para o alto e avante! o/

segunda-feira, 27 de abril de 2015

15/365: um longo caminho a ser percorrido




Fora a época em que meu nome esteve no SPC/Serasa e eu tive meus cartões de crédito bloqueados, nunca fiquei tanto tempo sem usar um. Ontem foram quinze dias! Uma quinzena! Metade de um mês! Gente, acreditem, é muita coisa. Apesar de não ter seguido à risca a meta de não gastar nada, nadinha, no fim de semana, estou feliz por estar conseguindo segurar o cartão de crédito na bolsa. Falta muito ainda para atingir minha meta maior, mas cada dia sem usar o dinheirinho de plástico é como uma meta batida, uma batalha vencida. É verdade que a fatura veio alta neste mês e vai continuar vindo nos próximos, mas poderia estar pior se, nos últimos quinze dias, eu continuasse realizando e parcelando compras sem necessidade.

Como contei aqui, na semana passada, fiz uma pequena extravagância, comprando sapatos, brinquedos e mais umas coisinhas à vista. Nada que tenha tirado minhas contas do eixo. Graças a Deus, esse mês elas vão fechar direitinho. No entanto, embora o objetivo a ser alcançado seja o de passar um ano sem usar o cartão de crédito, eu também estou lutando para conseguir não gastar meu dinheiro com coisas de que não preciso, pois necessito economizar para comprar uma geladeira maior. A que tenho em casa é muito pequena. Se antes era suficiente para abrigar algumas latas de cerveja, iogurtes, garrafas d'água e uma ou outra fruta, hoje não há espaço para quase nada, mesmo eu tendo abolido o estoque de cerveja. Agora que tenho uma pequerrucha em casa e, por ela, estou tendo que mudar meus hábitos alimentares, preciso de espaço principalmente para congelar comida, porque, fora a papinha salgada dela, não tenho tempo nem disposição para cozinhar todos os dias para mim. Além da geladeira, tem outros itens como, por exemplo, uma mesa. São quase dez anos morando sozinha e nunca tive uma mesa para fazer minhas refeições. Vergonhoso, né? Mas, com a Lígia, é importante que, mesmo assim, pequenininha, a gente comece a fazer as refeições à mesa.

Ai, gente, é tanta coisa que às vezes até dá um desânimo. Tudo na vida parece girar em torno do consumo. Comprar isso, comprar aquilo, pagar aquilo outro. Viver está cada dia mais caro. Sei que muita gente vive, e vive bem, com menos do que eu tenho e confesso: que inveja tenho dessas pessoas! Pessoas que já conseguiram comprar seus imóveis, seus carros, que viajam e que não passam por apertos financeiros, pelo simples fato de serem controladas.

Há um ano e meio atrás, eu nunca teria tomado essa iniciativa, porque vivia só e somente para mim. Hoje, vivo pela minha filha e é por ela que faço isso. Dar-lhe a vida confortável que eu tive, quem sabe até melhor, e uma boa educação, é o que mais quero. É ela quem me dá força para não tirar da bolsa o cartão de crédito.

Sei que até o final dos 365 dias, muita coisa vai rolar. Posso até fraquejar, cair em tentação, comprar coisas de que não preciso, mas a luta interna para controlar meus impulsos consumistas continua. E, gente, como é difícil.

Vamos lá, que o caminho é longo.
Para o alto e avante! o/

domingo, 26 de abril de 2015

14/365: Meta batida




Ontem, sábado de sol em Paulo Afonso/BA, pequerrucha, eu e o cartão de crédito ficamos em casa grande parte do tempo, até porque o calor não nos deixou dar o ar da graça antes das 17h, quando saímos passear, tomar um milk shake (no caso, eu) e prosear com a vizinhança. À noite fomos assistir a uma palestra no Centro e, ao final, rolou aquele lanchinho fluidificado (um bolo delicioso de limão com suco de manga com maracujá, preparados com muito carinho por Jani e Carlos, um casal de amigos).

O cartão de crédito até estava na bolsa e lá permaneceu intacto, contribuindo para mais um dia de meta batida!

Para o alto e avante! o/

sábado, 25 de abril de 2015

13/365: Não está sendo fácil


Essa imagem já é bem batida, muita gente já usou, mas traduz exatamente meu estado de espírito toda vez que entra o pagamento. Ontem não foi sexta-feira 13, mas foi a sexta-feira em que completei 13 dias sem usar o cartão de crédito, o que é bom, mas, se a meta para o fim de semana era não comprar nada, ontem à noite ela foi quebrada, quando saí para comprar uns pares de meias antiderrapantes para Lígia e voltei com cinco DVDs e dois CDs. As meias? Não tinha nenhuma que servisse nela. Mas, como sempre há uma desculpa para amenizar os nossos sentimentos de culpa, levando em consideração que o fim de semana começa oficialmente hoje, sábado, tá tudo certo e a meta não foi descumprida e, gente, os DVDs estavam baratos. Marisa Monte por R$19,90, acústico do Nirvana por R$ 14,90 e Amy Winehouse, o mais caro, por R$ 29,90. Comprei também o da Turma do Balão Mágico e dos Pequerruchos, para a minha pequerrucha. Esses tais de Pequerruchos, nunca tinha ouvido falar, mas achei tão bonitinhos... Lígia nem deu ousadia. Ah, lembram-se da piscina de bolinhas que comprei para ela na quinta? Foram só cinco minutos de euforia e depois ela preferiu brincar com a caixa da embalagem.

Ai, gente, como é difícil! Ainda falta muito para eu me tornar uma mulher controlada com os gastos. A cada compra, mesmo que à vista, uma frustração, por não estar conseguindo me segurar. Desse jeito não vai rolar juntar dinheiro para sair do aluguel. Estou me sentindo tão incapaz... espero vir com melhores notícias no próximo post.

Apesar de tudo, para o alto e avante! o/


sexta-feira, 24 de abril de 2015

12/365:Onde está o dinheiro?



Ontem foi dia de concluir a boa e velha mágica mágica mensal. A mágica do desaparecimento. Salário quando entra na conta sai sem dar tchau. Aluguel, planos de saúde, fatura salgada do cartão de crédito e, ontem, para rebater, conta de luz, pagamento da diarista, fralda descartável e supermercado (e ainda falta comprar carne e fazer a feira dos hortifrútis). Tudo à vista, viu, gente? Em outros tempos, o supermercado teria ido para o cartão de crédito para sobrar um dinheirinho para os supérfluos, mas, mesmo assim, já que me dei de presente uma bota e uma sandália rasteira, dei à minha pequena uma piscina com bolinhas (à vista), o que contribuiu para a eficiência da mágica. Se ela gostou, só vou saber mais tarde, quando a diarista terminar a arrumação da casa.

Ai, gente, eu me empolgo, sabe? Mas até o final do mês que vem já deu. Não posso comprar mais nada (NPC! NPC! NPC!), a não ser o necessário para manter a casa e nossa alimentação. Tá, um sorvetinho, uma cervejinha, um passeio com a cria, pode, mas nada de extravagante, porque, embora o cartão de crédito esteja em desuso, em tempos de crise, economizar é preciso. De qualquer maneira, a meta está sendo cumprida e já se foram 12 dias sem o queridinho das consumistas.

Vamo que vamo, que o fim de semana está na boquinha e o desafio é não gastar nada. NADA! Será, gente? Dai-me forças, Senhor Jesus!

Para o alto e avante! o/

quarta-feira, 22 de abril de 2015

11/365: Não nos deixei cair em tentação



Não é que eu tenha caído em tentação, mas estão vendo essa botinha vermelha aí na foto? Ao ver duas amigas com uma igual a essa, só que na cor marrom, fiquei tão apaixonada que fui até a loja e comprei o último par tamanho 39. Era justamente o modelo que eu procurava para usar com minhas saias longas (a desculpa é sempre essa). Parecia até que estava esperando por mim. :p

Eu não sou o tipo de mulher louca por sapatos. Tenho poucos pares e, com mais essa desculpa, dei-me o luxo de cair em tentação, comprar a botinha e ficar encontrando outras justificativas para ter gastado sem precisão. Minhas irmãs disseram que é exótica (uma maneira educada de dizer que é feia), mas eu amei. E é aquela coisa: gosto é igual braço, cada um tem o seu.

E essa sandália aí do lado da bota? Ai, gente, comprei também.. Mas querem saber? Salário entrou com adicional de férias, a passagem da viagem já está comprada faz tempo, o dinheiro das contas está separadinho, o da poupança e o do supermercado também, de modo que sobrou algum e eu pude comprar à vista. Isso mesmo, no débito e com 10% de desconto, que não é grande coisa, mas ajuda. Como compras à vista estão liberadas, desde que não comprometam o orçamento, e os calçados estavam com um precinho justo, eu me achei no direito de me dar esse mimo. Cartão de crédito? Necas de pitibiriba! Mesmo assim, preciso confessar que fiquei com a consciência pesada, mas é vida que segue e o importante é manter o foco. 

Sai pra lá cartão de crédito!
Para o alto e avante! o/

10/365: é "deixxx"!




E ontem foi um dia para se comemorar: Dez, eu disse dez, dias sem usar o cartão de crédito. Dez é um número simbólico: nota dez, aniversário de dez anos, dez anos de casamento, dez anos trabalhando no mesmo lugar, dez anos de amizade, dez, dez... dez dias sem dinheiro de plástico e nem está doendo.

De sexta para cá foi puxado. Estava apenas com quarenta e dois reais para passar o fim de semana e o feriado, tomei uma cervejinha no sábado à noite, tomei sorvete, ontem, no final da tarde (três bolas por cinco reais, na promoção da Boa Massa), e, pasmem, sobraram catorze reais. Mereço ou não mereço nota dez?

Vamo que vamo, que a luta continua, rumo a muitos outros dez dias!
Para o alto e avante! o/



terça-feira, 21 de abril de 2015

9/365: contando os caraminguá




Ontem foi o nono dia. A ideia é sempre postar no dia, mas minha princesa está com os dentinhos de cima apontando e não me dá folga. No tempo livre que tive ontem para vir até aqui, deitei no sofá e, aproveitando que Lígia estava dormindo, eu apaguei. E que soninho gostoso! Estava mesmo precisando disso. Hoje, feriado, mais ou menos descansada, porque quem é mãe de bebê nunca está cem por cento descansada, Ligia dormindo, aqui estou para relatar mais um dia sem o uso do dinheiro de plástico.

Ontem à noite, na volta do pilates, passei na delicatessem aqui perto de casa para comprar pão. Fiquei com vontade de comprar uma geleia e outras cositas, mas com vinte e dois reais apenas foi melhor ficar só no pão mesmo, que custou R$ 2,50 (cinco pães), porque cartão de crédito nem pensar. Lembrei que tinha queijo em casa, uns biscoitos e, assim, ficou tudo ok. Nessa delicatessem, eu e meus colegas de trabalho, por sermos clientes assíduos, temos sempre cinco por cento de desconto e ainda podemos comprar fiado, para pagar quando entrar o pagamento. Poderia ter feito isso ontem? Sim, poderia. Mas era algo urgente? Eu realmente precisava fazer isso? Não. Então não fiz. Além disso, quando a gente começa com esse tipo de coisa, acaba viciando e formando mais uma pequena dívida. E dívida, já basta a que eu tenho com o banco e com uma amiga, depois de uma ida à Le Biscuit em um dia que eu havia, propositalmente, esquecido o cartão em casa para não gastar, mas acabei gastando no cartão dela, parcelando a compra em quatro vezes. Mas só para deixar claro, isso já faz um mês e meu foco, agora, é resistir ao cartão de crédito das amigas também. Chega de dívidas!

Mais tarde ou, no mais tardar, amanhã de manhã, eu volto para contar como foi o décimo dia sem o famigerado, porque agora vou aproveitar o soninho da Lígia para comer alguma coisa. Ia, porque ela acabou de acordar.

Para o alto e avante! o/

segunda-feira, 20 de abril de 2015

8/365: Uma semana



Uma semana, completou sábado, sem utilizar o dinheiro de plástico. Pode parecer pouco, mas para quem passou o fim de semana com quarenta reais e, destes, ainda restam vinte e dois para passar até amanhã, é uma grande vitória. Quem tem os freios frouxos para nos gastos talvez me entenda e encare esse desafio como uma grande conquista. Conquista essa que está só no começo.

Ontem, domingo, foi o oitavo dia e só agora consegui postar o texto. É que Lígia não me deu folga. Acho que são os dentinhos de cima querendo apontar e ela passou o dia bem enjoadinha. Ficamos um domingo bem preguiçoso em casa, comendo, vendo TV, quando ela deixava, e nem me passou pela cabeça comprar alguma coisa, a não ser o pão integral e o queijo para tomar café da manhã hoje. Claro que comprei, né?

Ainda temos 357 dias ainda pela frente e muita água vai passar por debaixo dessa ponte. A meta é resistir até o fim e, ao final dos 365 dias, ter meus gastos todos controladihnos sem fatura de cartão de crédito. Vale dizer que a mensalidade da TV à cabo e a conta do celular vão continuar sendo debitadas nessa fatura, já que são gastos fixos e, dessa forma, eu tenho um descontinho. Bem "inho" mesmo, mas já é o dinheiro para uns três dias de pão.

Para o alto e avante! o/

sábado, 18 de abril de 2015

7/365: xô, tentação!

Daí você entra no facebook, na maior inocência, e dá de cara com isto:


E mais isto:


E isto:


Como diria a irmã Zuleide, é Satanás querendo me tirar o foco. Não dá, gente! Só neste mês de abril eu fiz três compras diferentes na Farm e, quando acho que está tudo dominado, me vem a danada com mais uma de suas mini-coleções, com 10% de desconto, frete grátis e até oito vezes no cartão. Aí me quebra! Quebrava, porque tem uma coisa chamada consciência, que tem estado bastante presente e de com força nos últimos sete dias, e não me deixa fazer nenhuma besteira. Entrei no site, babei nas roupas e caí na real: NPC (não posso comprar)! E não comprei.

Mais um dia sem dar voz à tentação e a frase para hoje é: NPC! NPC! NPC! Isso mesmo, Não Posso Comprar.
Para o alto e avante! o/

6/365: dá pra esperar?


De ontem:


Sou do tipo ansiosa, que, quando estou precisando de algumas coisas para casa, para mim ou para Lígia, às vezes as três ao mesmo tempo, já quero comprar logo tudo de uma vez. Moro em um apartamento pequeno e, como Lígia já engatinha e fica de pé se apoiando nos móveis, meses atrás, tive que mudar o layout da sala, para abrir mais espaço para ela brincar. Precisei me desfazer de algumas coisas e comprar outras e fiz tudo de uma vez. Alguns itens, consegui comprar à vista, mas outros, vez de esperar um pouquinho para conseguir pagar à vista, dividi em suaves prestações no cartão de crédito e estou pagando até hoje. Eu ainda queria ter comprado uma geladeira nova (preciso de uma maior) e trocar o rack, porque o meu é de rodinhas e fica com os fios dos aparelhos eletrônicos à mostra (para quem tem um bebê traquina em casa, isso é um perigo), mas contive a ansiedade e estou esperando entrar um dinheirinho para conseguir compra à vista. Até lá, vamos vivendo, sem dificuldades, com o que temos. Queria trocar o sofá também, por questões estéticas, mas isso vai ter que esperar ainda mais. Beeeeem mais. Ainda tem as coisas pequenas que vão acabando e a gente vai precisando repor.

Lígia está no último pacote de fralda, o último detergente de lavar louça já foi aberto e está perto da metade, a carne acabou, está faltando um pé da meia antiderrapante da Lígia, preciso urgentemente fazer minha unha, que não vê uma manicure há três semanas, e todo dinheiro que tenho para passar até terça-feira, que é feriado, não chega a cinquenta reais. Diante dessa situação, minha reação imediata é pegar o cartão de crédito e ir direto ao supermercado fazer logo as compras do mês, mas elas estão programadas para quarta-feira. E agora? Dá para esperar? Minha ansiedade diz que não, mas meu lado racional diz que sim. Já verifiquei tudo e vi que tem quantidade de fralda suficiente para aguentar até lá, o detergente não vai acabar, o pé sumido da meia antiderrapante deve estar escondido em algum canto da casa, é só procurar, no congelador tem filé de tilápia e a unha, que já esperou três semanas, pode esperar mais um pouco. E os menos de cinquenta reais para passar esses dias? Também dá. É só almoçar em casa. Qualquer coisa, numa emergência, posso recorrer aos caraminguá que ainda tenho na poupança. Mas só numa emergência mesmo. Mas, calma, gente, não estamos passando fome, pelo amor de Deus. Tem muita comida na geladeira e estamos bem, viu? Só preciso ser radical, senão minha meta vai pro beleléu.

O lema para o fim de semana é: calma e paciência que vai dar tudo certo.
Para o alto e avente! o/


quinta-feira, 16 de abril de 2015

5/365: ponto para mim




Hoje, em diversos momentos, havia me esquecido do projeto "365 sem cartão". Por diversas vezes pensei em comprar. Como vocês podem ver na imagem acima, em minha caixa de entrada, pipoca e-mails com "ofertas imperdíveis" de produtos para comprar. Quando vejo esses e-mails, a primeira coisa que me passa pela cabeça é que estou precisando de alguma coisa que o site oferece: uma blusa, um vestido, um livro, uma lingerie, ou que Lígia ficaria linda neste ou naquele vestidinho fofo, ou que seria legal comprar alguns CDs e DVDs infantis ou livros de historinhas, porque é preciso incentivar a leitura desde o berço e, ai, eu me vejo apertando a tecla enter e fechando a compra. No final da tarde, fui com ela ao mercado para comprar umas verduras para a papinha de amanhã e passo em frente a uma loja, com aqueles cavalinhos infláveis em exposição. Minha reação foi entrar na loja, na intenção de comprar um para a pequenina, que, com certeza, iria se divertir abeça com o brinquedo, mas, assim como resisti às ofertas tentadoras dos sites, dei meia volta e segui em frente, rumo ao mercado. Além disso, eu nem estava com dinheiro suficiente para comprar à vista. Na bolsa, vinte e seis reais em dinheiro, mais que suficiente para a compra dos hortifrutis, e o cartão de crédito, que permaneceu intacto. Ponto para mim!

E foi assim que, mais um dia, venci meu desafio.
Para o alto e avante! o/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

4/365: resistindo bravamente


Mais um dia se passou e a tentação, embora dentro da minha bolsa, passou longe. Não sei como é ser mãe de menino, mas ser mãe de menina é uma verdadeira provação. Todos os dias pipocam e-mails na minha caixa anunciando promoções de roupas infantis, cada coisa mais linda que a outra, que dá vontade de sair comprando tudo. Se a gente sai na rua e vê uma lojinha de coisas de criança, qual a primeira reação? Entrar na loja ou, pelo menos, pensar em entrar. Desde que fiquei grávida tem sido assim. Não é que eu deixei de comprar coisas para mim, o que deveria ter acontecido, mas comecei a comprar para ela também e aí, minha filha, o limite disponível no cartão todos os dias ia diminuindo um pouquinho consideravelmente até, algumas vezes, estourar. A cada compra eu pensava: ah, dividindo em tantas vezes, as parcelas vão ficar tão baixas que o bolso nem vai sentir. O problema é que essas comprinhas parceladas foram ficando recorrentes, as "parcelazinhas" foram somando umas às outras e se transformaram em um monstro devorador de dinheiro. Do meu dinheiro, mais especificamente.

Hoje, diante de algumas promoções, mantive o foco e resisti bravamente a elas. cheguei a entrar no site, não vou mentir, mas não senti vontade nenhuma de clicar "enter".

A luta continua, companheiros!
Para o alto e avante! o/

terça-feira, 14 de abril de 2015

3/365: mantendo o foco



Três dias e nada de cartão de crédito. Nem a cor dele, hoje, eu vi, embora tenha me passado pela cabeça comprar umas roupinhas para Lígia em um site que de roupas infantis. Ela está precisando de umas camisetinhas para o dia-a-dia e esse site sempre tem umas bem fofas, de marcas conhecidas a um precinho bem camarada. Cheguei a pegar o celular para acessar a página eletrônica, quando lembrei que em fevereiro comprei, nesse mesmo site, vinte e seis peças, dividido em seis vezes, ou seja, nem terminei de pagar a última compra e já estava pensando em fazer outra. Foi então que o bonequinho vestido de anjo soprou no meu ouvido esquerdo e me disse: se for comprar, compre à vista, mas lembre-se de que as roupas da Lígia ainda estão servindo e na sua conta mal tem dinheiro para terminar o mês. O diabinho, que costuma aparecer no ouvido direito, não teve nem a chance de me tentar, porque logo tratei de pensar na geladeira nova que quero comprar e que é prioridade. Prioridade essa que, com fé em Jesus, vai ser comprada à vista assim que o dinheiro aparecer. Além disso, na feira, eu encontro umas blusinhas bem graciosas por dois, três reais. Com o precinho camarada de uma camisetinha na internet, na feira, eu compro quatro ou cinco.

E foi descartando a possibilidade de gastar sem precisão que o limite disponível no cartão de crédito continua inalterado.

Fé em Deus, pé na tábua e força na peruca.
Para o alto e avante! o/

segunda-feira, 13 de abril de 2015

2/365: melzinho na chupeta




Já passa da meia-noite, mas, como eu ainda não dormi, posso dizer que ainda é segunda-feira, 13 de abril e, portanto, meu segundo dia sem o cartão de crédito. Estava com esse post na cabeça há horas, mas quem vive a jornada tripla (casa, filhos e trabalho) sabe que tempo livre é luxo e, no meu caso, com uma filha de sete meses exigindo minha atenção a todo momento, mesmo com a presença constante do pai, até ir ao banheiro fica difícil.

Pois bem. Hoje, completo dois dias sem usar o cartão de crédito. Aí você pensa: dois dias até eu. Sim, dois dias, três, uma semana, é melzinho na chupeta, já que, normalmente, compras não se faz todos os dias. De vez em quando tem-se notícia de uns malucos compulsivos por gastar, que não passam um dia sem seu fiel escudeiro, Sua Majestade o cartão de crédito, extrapolando todos os limites que o banco deu. Das duas uma: ou são pessoas ricas que podem arcar com faturas exorbitantes, comprando a todo instante, ou são meros mortais que compram, compram e se afundam em dívidas. Eu faço parte, em parte, da segunda categoria. Em parte porque sou uma mera mortal, no entanto, embora gastadeira, não sou compulsiva a tal ponto. Não mais (eu brinco aqui, mas compulsão por comprar é coisa séria). Claro que comprar é sempre uma delícia, mas o pós-compra, para quem sabe que não pode gastar, é como aquela ressaca moral de quem enche a cara, enfia o pé na jaca e, no dia seguinte, se arrepende, se sente mal e até se deprime. E eu sei bem o que é isso, principalmente nos últimos sete meses, depois que Lígia nasceu.

Se viver é caro, viver com um filho a tiracolo é mais caro ainda e usar cartão de crédito muitas vezes pode ser suicídio. Imagine quem tem uma penca de menino pra sustentar? É fralda, pomada anti assadura, plano de saúde, roupas (muitas vezes mais caras que uma roupa de adulto), conta de luz mais alta, geladeira recheada de coisas saudáveis (graças a Deus eu posso me permitir isso), afinal, quem amamenta não pode sair comendo qualquer porcaria. Com leite eu não gasto, que é o mais caro, já que, até os seis meses, Lígia se alimentou exclusivamente de leite materno (a melhor opção: barata e saudável, e a produção aqui, mais uma vez, graças a Deus, é frenética) e, hoje, mesmo com as papinhas e frutas, ela continua sendo amamentada. Aliás, só um parêntese: ainda não inventaram nada melhor nem mais bonito do que amamentar. É o gesto mais puro de amor e cumplicidade entre mãe e filho e é por esse pedacinho de gente que eu estou tentando me controlar.

Largar a tentação em casa e pagar tudo à vista é o caminho e pode ser um bom negócio. Aqui onde moro, comprando no débito, sempre rola um desconto. Se o pagamento for em dinheiro, o desconto é ainda maior, inclusive no supermercado. Não chega a ser um desconto estrombólico, mas já é uma economia. Claro que, antes de partir para esse caminho, se você tem uma fatura alta, é necessário um freio nas compras e gastar somente com o necessário. Pode ser que, em uma emergência, seja preciso usar o crédito, mas só numa emergência mesmo, tipo caso de vida ou morte. Aos poucos, o dinheiro começa a sobrar na conta, já que a conta do cartão vai diminuindo, e comprar à vista fica cada vez mais viável.

E por hoje é isso. Despeço-me aqui, rumo ao terceiro dia de libertação. Liberte-se você também.

Para o alto e avante! o/

domingo, 12 de abril de 2015

1/365: um, dois, três, valendo!


E foi dada a largada para o projeto 365 dias sem cartão de crédito e hoje é o primeiro dia de uma longa jornada de resistência à tentação do consumo desenfreado. O lema é: Quer comprar? Compre à vista. Se, depois de pagar todas as contas do mês e mandar um dinheirinho para a poupança, sobrar um dinheirinho para pequenos luxos, ok, tá liberado. Não tem dinheiro na conta, então não compre. Seria muito fácil ligar para o banco e pedir ao meu gerente que bloqueie a função crédito do meu cartão, no entanto, a ideia é que eu consiga resistir à tentação de gastar parcelando minhas compras em suaves prestações e, ao final desses 365 dias, poder olhar para minha fatura zerada e dizer: eu venci!

O plano era economizar

Moro em Paulo Afonso, interior da Bahia, há um ano e meio. Meu objetivo, quando pedi remoção no trabalho para cá, era economizar sem necessariamente deixar de gastar. Explico: aqui, o custo de vida é mais baixo (não tão baixo) que em Salvador e, como não tem muito o que se fazer por aqui, o dinheiro acabaria sobrando. Pelas minhas contas, em dois ou três anos eu voltaria a morar na capital com o suficiente para dar de entrada em um apê e sair do aluguel. O que eu não esperava era que, três meses depois de me mudar para cá, eu fosse ficar grávida. Foi aí que o bicho pegou.

Como tudo começou

Fui apresentada ao cartão de crédito há uns quinze anos atrás, no intervalo das aulas da faculdade, quando um rapaz me abordou, oferecendo um cartão universitário com quinhentos reais de limite. Quinhentos reais! Quase o dobro da minha bolsa de estágio. Não pensei duas vezes e aceitei, escondido da minha mãe, que é bancária e sempre ficou na minha cola por causa dos meus gastos."Que débito foi esse na sua conta?", ela questionava sempre. "Seu saldo está negativo, minha filha, você não vai dar conta de pagar", dizia ela quase todos os dias, tentando me alertar, mas eu não entendia assim. Achava que era encheção de saco, perseguição e não dava ouvidos. O cartão universitário era de outro banco. Ela não tinha como saber, mas soube e eu levei uma bela bronca, porque, de tanto pagar o valor mínimo da fatura, acabei tendo que recorrer a ela para me ajudar a derreter a bola de neve que já tinha se formado. Ela ajudou e, na minha frente, quebrou o cartão.

Depois do cartão universitário, vieram os cheques. Eram compras e mais compras parceladas em cinco, seis vezes. No início, eu conseguia dar conta, mas depois a coisa começou a degringolar e os cheques começaram a voltar. Resultado: nome sujo no SPC/SERASA e uma ação judicial de execução.

Anos mais tarde, já empregada, com o nome limpinho, tudo certinho, prometi que nunca mais gastaria mais do que eu tinha. Funcionou por dois ou três meses e, logo, vi-me, novamente, afundada em dívidas, faturas altas de cartão de crédito e, em vez de parar de gastar para ir pagando as dívidas, recorri aos CDCs e créditos salários da vida. Empréstimos fáceis que a gente faz na máquina do autoatendimento do banco ou mesmo pela internet,a juros altíssimos, descontados direto na conta corrente. Tinha mês que a conta não fechava e algumas vezes eu tive que recorrer à minha mãe. na última vez, ela juntou todas as minhas dívidas com o banco e fez um empréstimo consignado, a juros mais baixos, cujas parcelas são descontadas diretamente no meu contracheque. O valor é alto e as parcelas são muitas. Vou levar anos até saldar essa dívida.

Caindo na real

Desde o ano passado, quando soube que estava grávida, comecei a me controlar mais e passei a gastar menos. No segundo semestre, comecei a usar menos o cartão de crédito e quase todo o enxoval da minha filha, consegui comprar à vista. Sobrava até um dinheirinho para a poupança. Em dezembro, quando Lígia já estava com três meses e minha vida financeira razoavelmente organizada, fomos passar dois meses em Brasília, na casa da minha mãe. Foi quando voltei a usar o dinheiro de plástico para, entre outras muitas coisas, comprar os presentes de natal. "Só dessa vez", eu pensava cada vez que passava o "maledito" na máquina ou digitava seu número em sites de compra. O da Farm, a queridinha entre as marcas de roupas femininas (e cara também) foi o campeão: três compras em dezembro, divididas em oito vezes; uma em fevereiro, duas em março e três neste mês de abril, que mal começou, todas divididas entre seis e oito vezes. Em fevereiro teve também a compra do ar condicionado para o quarto da pequena, porque as temperaturas aqui em Paulo Afonso variam de 32 a 38 graus, o que, junto com o aumento sofrido em todo país e os ventiladores espalhados pela casa, quadruplicou minha conta de luz. A última veio 370 reais.

O blog

E em março, por falta de dinheiro na minha conta, recorri ao cartão de crédito para as compras do supermercado. Há mais de um ano eu não usava o crédito para as compras de mês. A bola de neve começou a se formar e eu comecei a ficar mal com isso. As despesas aqui aumentando consideravelmente e eu fazendo comprinhas. Não queria voltar a ver meu salário todo indo para a fatura do cartão. Foi aí que decidi criar esse blog como um incentivo pessoal para cumprir minha meta e compartilhar essa difícil jornada de, pelo menos, 365 dias sem o cartão de crédito.

Para o alto e avante! o/